Despertou aos prantos.
Não sabia se acordava ou dormia.
Se sonhava ou vivia.
Sentou perto da janela e olhou para o céu.
Observou a lâmpada que na imensidão reluzia.
Estrela, planeta ou avião, o que seria?
Observava muito e pouco sentia.
Pensou em escrever uma carta que se despedia.
E ali, no rosto invisível, uma gota de dor escorria.
Enquanto estatizava e sofria, a mente não se decidia.
O coração querendo fugir, mas o corpo se escondia.
Presa na escuridão com o reflexo do que não era dia.
O tempo parado e miseravelmente sabia, que futuro não mais havia.
Tudo o que desejava era sonho perdido, já não conseguia.
Almejava inutilmente, pois apenas se iludia.
Jamais voltaria a ser
a menina que sorria.
Nossa! Que bom ler isso! Para a estafa do meu dia, um dose de poesia!
ResponderExcluirGosto do que você escreve. Abraços.
Um mergulho nas águas escuras é essencial pra se enxergar as claras
ResponderExcluirQue saudade que eu tava.
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