Lança-me à alma como a flecha que contra-ataca.
Rasga-me a carne como a navalha bem amolada.
Arranca-me o pranto como olhos de cegueira fraca.
Transforma-me em vácuo, que em si não acolhe nada.
Atira-me ao abismo e observa minha queda.
Oferece-me a mão que socorre como areia movediça.
Apresenta-se como duas face de uma única moeda.
Planta-me a ilusão como uma folha seca e quebradiça.
Enterra-me com flores sem pétalas, mas cobertas de espinhos.
Assombra-me como o vento noturno no inverno.
Segue-me sorrateiro para destruir os meus caminhos.
Arrasta-me para seus erros, que fazem da mim um inferno.
Devora-me ou liberta-me.
Decifra-me ou devoro-te.
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